quinta-feira, 7 de junho de 2012

QUO…ZARATRUSTA? LXXV

Nos altos do Sol em brasa,

luz quente, uma águia voa.

Chama-me Fisis, quero viver…

             A Madrugada fria gela , e eu

              choro…

            …pelos mortos, p’los vivos,

               pelos que nascem….

E o vento da natureza, outoniza

em cada nova Aurora;

a auto-destruição consuma-se…

 

…É urgente destruir a autodestruição !

 

Nos altos do sol em brasa

uma águia-Ícaro cai quente!

É preciso, é urgente…

            Não!  A chama dura o que durar !

Desapareça a VIDA, se tem de desaparecer!

Desapareça a PAZ, se tem de desaparecer !

Desapareça o AMOR, se tem de desaparer!

Desapareça a Saudade, se tem de desaparecer!

Desapareça a Tristeza, se tem de desaparecer!

Desapareça o ÓDIO, se tem de desaparecer 1

 

     E o verde da natureza, outoniza

      em cada nova aurora…

   

Que virá  após o “homo funcionalis”,

depois do “homo sapiens”,

do nietzeniano “super-homem” ???

 

___ A CORJA, a “super-raça fornicante”,

espirito vago, calcinado, perro.

automatismo, automático, autómatos…

…merda para o àcido sulfúrico,

   p’ró  AÇO !!!    

 

Coimbra, Jardim das Sereias, 20 de Maio de 1980.

        Renato Gomes Pereira  in “ poesia incontinente”

Sem comentários:

Enviar um comentário