sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

NEGRITUDE

 

ANGOLANO (Albano Neves e Sousa)


Ser angolano é meu fado, é meu castigo
Branco eu sou e pois já não consigo
mudar jamais de cor ou condição...
Mas, será que tem cor o coração?
Ser africano não é questão de cor
é sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão nem mesmo de bandeiras
de língua, de costumes ou maneiras...
A questão é de dentro, é sentimento
e nas parecenças de outras terras
longe das disputas e das guerras
encontro na distância esquecimento!

1 comentário:

  1. Para nós que estamos longe da pátria, dá-nos essa impressão. A de que os sentimentos, a cor, os costumes, as cores da bandeira mais nos afastam do que nos trazem pra perto. Descobri, portanto, que não importa onde estejamos, a angolanidade estará dentro em nós, independente das cores, dos sentimentos, dos costumes e das cores da bandeira do país em que nos fixamos como diáspora. Muito boa a sua observação.

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